Sobre amores e conchinhas

“Felicidade pra mim é pouco. Eu preciso de euforia.” Essa máxima tem mais adeptos do que se pode imaginar. Em um mundo de baladas alucinantes e sexo fácil, não é de se estranhar que as verdadeiras parcerias sejam cada vez mais raras. Isso porque o conforto da conchinha em dias frios e do filminho a dois no domingo não tem sido suficiente para satisfazer enérgicos caçadores de êxtase.

A verdade é que algumas pessoas precisam estar em estado permanente de paixão. Só dançar não basta – é preciso ultrapassar todos os limites do seu corpo; só amar não basta – tem que ter orgasmos múltiplos todo dia; se identificar com a profissão não basta – É preciso gostar tanto do trabalho a ponto de ficar ansioso pela segunda-feira.

E os relacionamentos têm obedecido – lamentavelmente – esse vírus moderno da insaciabilidade aguda. Arrisco dizer que é por isso que as verdadeiras parcerias caíram de moda. Não se troca mais a liberdade da solteirice pelo tédio que um relacionamento estável supõe. Mas quem se recusa a essa troca certamente desconhece a sensação surreal de uma conchinha. De gargalhadas épicas assistindo a um programa de humor sem graça no sábado à noite. Do tesão inigualável de um sexo com amor (sexo com amor, não necessariamente sexo amorzinho).

As parcerias ainda estariam “em alta” se as pessoas parassem de esperar delas essa tal euforia. Espera-se sexo avassalador diariamente quando, às vezes, se pode querer simplesmente pegar no sono depois do jantar. Espera-se conversa e tagarelices sem fim enquanto se pode, vez ou outra, querer simplesmente permanecer em silêncio – e, calma, isso não é um problema.

Achar que todo relacionamento se sustenta na base do sexo três vezes ao dia e ter certeza de que há algo de errado se o outro recusa é uma utopia. O amor é poder ser você mesmo. Poder assumir que quer só dormir de conchinha – sem tabus, sem a obrigação da paudurecência permanente. Sentir-se bem com o outro de chinelo e camisa de propaganda, sem maquiagem e descabelada. Eu diria que amar é, acima de tudo, sentir-se à vontade. Sem pressa, sem euforia, sem regras estabelecidas. Porque amor é liberdade.

É preciso aceitar o outro em todas as suas versões, inclusive nos dias ruins. A rotina é o preço que se paga pra se ter um grande amor sempre ao lado – um preço irrisório quando ela se torna absolutamente deliciosa. E isso só é possível ao lado de quem se ama. Apaixonar-se é bom. Mas o amor tem privilégios que só podem ser desfrutáveis na calmaria.

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2 comentários abaixo sobre Sobre amores e conchinhas

  • Zeka de Oliveira disse:

    Retrato fiel da Vida.Otimo.

  • Karin disse:

    Este é um dia muito alegre da minha vida por causa da ajuda que o Doutor WEALTHY me prestou, ajudando-me a recuperar meu ex com seu feitiço poderoso, E o trabalho de gravidez que ele fez, sou muito grato a ele Muito obrigado Dr. ótimo trabalho que você fez. Agora, posso dizer com ousadia que fui chamado de volta ao meu local de trabalho, minha filha está de volta em casa e fui testada grávida esta manhã após o texto médico que passei esta manhã no meu local de trabalho. Estava grávida pela última vez há 14 anos e agora testei positivo. Eu quero usar este meio para dizer muito obrigado e eu virei pessoalmente para dizer apreço a você. Você pode enviar um e-mail para ele e ele pode fazer mais por você também porque eu sei que existem pessoas que precisam de sua ajuda como eu. Seu endereço de e-mail é ([email protected]) Seu celular: +2348105150446 Você é tão poderoso. Isto é para pessoas reais em necessidade. OBRIGADO DR RIQUEZA.